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0O varejo mundial está passando por mudanças profundas, inusitadas e imprevistas. O International Council of Shopping Centers (ICSC), principal entidade mundial do setor de shoppings, acredita que estamos vivendo as mais radicais transformações dos últimos 60 anos. Em seu relatório Envision 2020, a entidade indica oito fatores que terão um forte impacto sobre o varejo nos próximos cinco a dez anos:
A convergência do físico e do digital avança rapidamente. Os shopping centers oferecem interfaces digitais cada vez mais sofisticadas, sites com mais recursos e aplicativos mobile para dialogar com consumidores mais e mais conectados. Ao mesmo tempo, varejistas online como Amazon e Bonobos estão abrindo lojas físicas para aumentar o relacionamento com os consumidores.
Varejistas e shopping centers estão usando tecnologias como apps, mídias sociais, beacons e geolocalização para conhecer mais os hábitos e preferências dos clientes e aumentar o engajamento com eles.
O que antes eram espaços para comprar produtos está evoluindo para centros de consumo, entretenimento e alimentação, totalmente integrados com a região onde se encontram. Os shopping centers se tornam locais de uso misto, com escritórios, hotéis e apartamentos, com opções de entretenimento como restaurantes, cinemas, academias e spas.
Neste ano, a população jovem (os Millennials) superará, nos Estados Unidos, os baby boomers como a maior geração do país em número de pessoas, segundo o Census Bureau (o IBGE americano). Para atender melhor esse público, os shoppings estão oferecendo customização, personalização e sustentabilidade. Estudos mostram que a maioria absoluta dos Millennials prefere comprar em lojas, mas também passa boa parte do dia online, pesquisando produtos. As fronteiras do online e do offline não existem para esses consumidores.
Os shopping centers assumirão funções dos Centros de Distribuição do varejo para atender pedidos online e retiradas de produtos nas lojas. Um estudo da consultoria A.T. Kearney indica que 23% dos clientes compram itens adicionais quando vão a uma loja retirar seus produtos adquiridos online.
A relação entre administradores de shoppings e lojistas ganhará um aspecto mais colaborativo, com uma troca mais intensa de informações e uso de tecnologias que ajudarão as duas partes a investir recursos de forma mais eficiente.
A expectativa do ICSC é que o cálculo do aluguel nos shopping centers mude para refletir o papel das lojas físicas no ambiente omnichannel, passando a levar em conta transações digitais. Aluguel fixo e variável passarão a conviver com modelos que incluam as transações via click & collect e vendas on-line.
Com novos formatos de shopping centers, o mercado financeiro terá mais motivos para avaliar investimentos no setor varejista. Atualmente, nos Estados Unidos cerca de 10% do portfólio dos fundos de investimentos e financeiras estão de alguma forma relacionados ao setor, um número que deverá crescer de forma significativa nas próximas décadas.
02 de Outubro de 2015
Fonte: onegociodovarejo.com